Victor

O pior erro da minha vida foi abrigar uma mulher em meu coração! Minha vida era perfeita antes de me casar com Agatha Montebelo. Achava que ela me amava, no entanto, minha esposa amava minha posição social e meu dinheiro.

Bebo meu café forte, sem um pingo de açúcar, e encaro o teto como se eu não tivesse nada mais importante para fazer.

Meu celular pessoal toca. Reviro os olhos ao ver o nome de Lisa. Tivemos um caso por alguns dias.

Atendo.

— Lisa, quantas vezes vou ter que falar? Foi só sexo, porra! Não quero um relacionamento.

— Docinho, eu te amo tanto! Por favor, me dê uma chance. Posso te fazer muito feliz.

Reviro os olhos.

— Procure outro homem para enganar.

— Mas, amor, eu...

Desligo e bloqueio o contato dela.

Eu cresci em um lar desestruturado. Meus pais brigavam o tempo todo.

Hugo Souza, meu pai, traía minha mãe com qualquer mulher que passasse na sua frente.

Laura Montenegro sempre acreditava nas promessas dele.

Minha mente me leva ao passado.

Eu, com meus doze anos, estou no jardim, brincando com minha babá. Meu pai surge gritando e mamãe aparece do lado dele, chorando.

— Ninguém me contou, Hugo. Eu vi com os meus próprios olhos você com aquela vagabunda!

— Ela é só uma amiga, Laura. Deixa de ser paranoica. Só estava almoçando com uma amiga que não via há muito tempo.

Minha mãe ri de forma debochada.

— Você estava beijando ela na boca!

— Foi só um selinho. Eu te amo! Jamais iria te trair!

Ele tenta tocar nela e recebe um tapa.

— Mentiroso desgraçado! Como pôde fazer isso comigo? Somos casados e temos um filho! — Diz, batendo nele.

— Amor, entenda, eu sou homem. A carne é fraca. Prometo que não vou mais te trair.

— Promete?

— Sim, prometo. Eu te amo, Laura. Você é minha esposa querida. — Diz, beijando-a.

Minha babá tenta me distrair, mas não consegue.

Eu conheço o meu pai bem o suficiente para saber que suas promessas nunca serão cumpridas.

Infelizmente, mamãe sempre acredita na sua mudança.

Os meses se passaram e meu aniversário chegou.

Minha mãe se cansou das traições do meu pai e o expulsou de casa.

Não tive festa de aniversário. Não queria ouvir meus colegas falando que meu pai é um traidor nojento e minha mãe uma tola.

Dona Laura sofreu, mas logo se recuperou, porém não casou de novo.

Saio das minhas lembranças e pego a aliança de esmeraldas, herança da minha família, do bolso.

Antes de falecer, minha mãe me fez prometer que eu iria me casar por amor.

Eu cumpri a promessa, no entanto, escolhi a esposa errada.

Encaro a aliança que foi jogada em mim por Agatha quando descobri a sua traição.

Amar é burrice, foi isso que a vida me ensinou.

Não vou cometer o mesmo erro!

Vou até o bar que fica no meu escritório e me sirvo de uma dose de uísque escocês, que deve custar cinco salários mínimos.

A fortuna que herdei é inesgotável e a cada dia fico mais rico!

Preciso de uma nova Senhora Montenegro ao meu lado.

Todo homem de sucesso precisa de uma mulher do lado.

Ela tem que ser extremamente submissa, educada e delicada.

Já decidi que minha nova esposa não vai ser do meu mundo.

Estou em busca de uma submissa que não tenha boas condições financeiras.

Ela fará o que eu mandar em troca de dinheiro!

Mamãe iria falar que me tornei um idiota insensível, como meu pai desgraçado.

Não me importo de ser chamado de monstro sem coração pelos outros.

O multibilionário cruel que matou a ex-esposa a sangue frio.

Reviro os olhos ao lembrar das matérias das malditas revistas de fofocas que sempre me difamaram.

Santo eu não sou, e assassino também não!

Pego meu paletó e saio.

Dirijo até o hotel mais próximo e mando uma mensagem para uma acompanhante de luxo.

Ainda não casei, tenho o direito de me divertir.

Assim que ela chega, ordeno que faça uma massagem no meu pênis.

A mulher obedece com um sorriso no rosto.

— Gosta assim, docinho?

— Sim... Não me chame de docinho.

— Sim, senhor.

Sorrio. Amo quando as pessoas me obedecem.

Gemo de prazer.

— Agora, chupe. Coloque ele todo na boca.

— Vai ser um prazer!

Logo meu pênis está todo na boca da mulher que eu acho que se chama Vivian.

— Isso, assim... Vou te pagar o dobro.

Arfo e solto um longo grito satisfeito.

Quando terminamos de fazer o sexo, que foi ótimo, faço um Pix generoso para a prostituta.

— Qual é a minha nota, querido?

— Oito. Tem que melhorar muita coisa ainda.

— Valeu pela dica.

Diz e tenta beijar meus lábios, mas não deixo.

— Já pode ir.

Digo de forma seca.

Ela finge um sorriso e vai embora do meu campo de visão.