nojenta e asquerosa.
Rosemary
Deixo o bolo em cima da cama e saio correndo do quarto.
Ao descer as escadas, me deparo com Dona Lucrécia, a governanta gentil.
— Eu mandei aquelas enxeridas não falarem nada. O senhor Montenegro odeia comemorar o aniversário.
— Sei disso agora... Ele foi um estúpido comigo.
Digo, secando as lágrimas com o polegar.
— Venha comigo, precisamos conversar. Vou preparar um chá para a gente.
A sigo até a cozinha.
Puxo uma cadeira, me sento e observo Lucrécia fazer o chá, que logo fica pronto.
Ela pega duas xícaras e coloca um pouco do chá em cada uma.
— Victor ficou com ódio do próprio aniversário por causa daquela vadia da ex-mulher. Ele a flagrou com o pai dele nessa mesma data. Desde então, ele se tornou solitário.
— Como fui idiota... Deveria ter percebido.
— A culpa não foi sua, querida. Victor tem que enterrar o passado e viver o presente com você. Sei que o ama.
Fico em silêncio e tomo o chá.
— Você é a mulher que meu chefe precisava!
— Lucrécia, nosso casamento não é de ver