Rosemary
— Amiga, venha para a pensão agora mesmo! Fátima está passando mal!
A voz de Bianca está estranha, e seu semblante está triste de um jeito que parece forçado.
— O que ela tem?
— Está sentindo dor de cabeça, a coitadinha está morrendo de dor. Venha antes que seja tarde, ela não quer ir para o hospital.
O medo de perder a figura materna que amo ter na minha vida me consome. Fafá é muito especial para mim, eu a amo como se ela fosse minha mãe. Ela me estendeu a mão quando todos me viraram as costas e me deu o amor e carinho que minha genitora me negou.
— Fique com ela e chame um médico, estou indo.
Encerro a chamada de vídeo e vou à procura do motorista, que me leva de bom grado.
— Dona Rosemary, o senhor Montenegro não vai gostar ao saber que a senhora está saindo sem os seguranças.
— Não vai acontecer nada, o bairro onde eu morava é bem movimentado.
Digo e vou o caminho todo rezando. Fafá não pode me deixar...
Quando, enfim, chegamos, saio do carro praticamente correndo.
— Ond