a primeira troca de olhares

Rosemary

Espero minha amiga perto da empresa imponente e luxuosa.

Suelen mora na pensão de Dona Fátima há mais tempo que eu. Ela e o noivo vão se mudar para uma pacata cidade do interior.

Hoje é o último dia que Suelen trabalha como faxineira.

O plano dela e de Jorge, o noivo que a ama, é alugarem um espaço para abrir um pequeno restaurante.

Tô feliz por vê-la realizando um sonho. Mas também estou triste que não vou mais dividir o quarto com minha irmã do coração.

Logo a vejo saindo, mas minha atenção é capturada por um homem extremamente sexy de terno. Os olhos dele são castanhos, o olhar é sério. A postura é rígida e atraente.

Que Deus grego! Esse homem tem uma beleza única.

Por alguns segundos, nossos olhares se encontram.

Sinto algo que nunca senti antes: borboletas no estômago. Esboço um sorriso bobo de modo involuntário.

O homem retira o olhar sobre mim e entra em um carrão que obviamente é caríssimo.

— Amiga, você tá na Lua? Oi, Rose? Rose!

Suelen balança a mão perto do meu rosto e, do nada, me dá um beliscão.

— Aí, sua louca!

Falo, tocando no braço que foi beliscado.

— Desculpa, amiga, precisei te despertar você estava sonhando acordada com o Senhor Montenegro.

— Senhor quem?

Questiono, confusa.

— Que mundo você vive, Rose? Como assim não sabe quem é Victor Montenegro?

— Então, esse é o nome daquele homem...

O sorriso bobo volta a decorar meu rosto.

— Vou te contar tudinho sobre ele na pizzaria. Vamos! Estou com tanta fome que comeria até as folhas das árvores.

Sorrio. Vou sentir tanta falta dessa doidinha.

Pegamos um Uber e logo estamos na pequena pizzaria que comemorei meu aniversário de 21 anos.

O local é acolhedor, o aroma das pizzas faz o meu estômago roncar.

A decoração é clássica e simples.

— Então, me conta quem é esse famoso Senhor Montenegro.

— Victor Montenegro é um multibilionário extremamente poderoso. O homem tem poder e influência o suficiente para banir quem ele quiser do Rio de Janeiro.

Diz de forma dramática.

Solto uma gargalhada.

— Deixa de ser exagerada, Suelen. Ele não é um rei.

O garçom vem anotar nossos pedidos.

— Ele é muito mais rico e influente que um rei. Dizem que a privada do banheiro dele é de ouro.

Seguro a risada para não cuspir a água no chão.

— Estão falando de Victor Montenegro?

— Sim.

Eu e ela falamos em uníssono.

— Dizem que ele matou a ex esposa e o próprio pai.

Arregalo meus olhos.

— Isso é só um boato. Tenho certeza que ele é inocente. Amiga, eu vi a troca de olhares de vocês. Foi amor à primeira vista.

Solto uma risada.

— Você bebeu, mulher? O que um homem rico vai querer com uma vendedora de lanches?

— Amiga, eu sei das coisas. Quando você virar a nova Senhora Montenegro, por favor, não se esqueça de mim.

— Até eu queria casar com ele.

Fala o garçom.

— Suelen, isso nunca vai acontecer!

Falamos nossos pedidos para o garçom, que se afasta.

ele volta minutos depois com os sabores das pizzas e com Coca-Cola,

comemos e conversamos coisas bobas

após terminarmos pagamos a conta,

deixamos a pizzaria e estamos em busca de um moto táxi na rua.

— Amei o nosso almoço, Rose. Às vezes, tudo que precisamos é de uma coca bem geladinha e pizza de frango com requeijão.

— Vou sentir muito a sua falta. Como vou ficar sem a minha melhor amiga?

— Você pode me visitar sempre que quiser. Sabe que o Guto te adora.

Gustavo é um cara muito legal e companheiro.

Espero que um dia eu tenha a mesma sorte que Suelen de encontrar um homem bom, honesto.

A abraço.

— Se cuida. Te amo.

— Eu também te amo, maninha. Te espero amanhã para a minha despedida.

Após nos afastarmos, ela chama um moto táxi e sobe na moto, indo embora para encontrar Gustavo.

Pergunto a um moto táxi se ele está livre. Após ele confirmar, pego o capacete e subo na moto.

Por conta do trânsito, chego em casa quando o sol já está se despedindo e algumas estrelas já começam a aparecer.

— O QUE FAZ AQUI?

Grito, assustada, quando vejo Estevão parado em frente à pensão.

— Um conhecido meu tá morando nessa pensão. Eu contei para ele: que"Estou sofrendo sem a minha mulher". Fiquei tão feliz ao saber que você mora aqui. Senti tanta falta do seu cheiro.

Fala, tentando me tocar.

— Você é doente! Onde tá a minha mãe?

— Eu não aguento mais aquela velha carente. Te amo. Fica comigo.

Dou um tapão em seu rosto nojento.

— Fica longe de mim, tarado desgraçado

O empurro e entro dentro de casa.

— VOCÊ É MINHA, ROSEMARY! SEU LUGAR É COMIGO!

que ótimo agora eu tenho dois trastes no meu pé ele e o Emílio.

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