Irina Petrova, uma jovem de 19 anos, vê sua vida ser transformada em um turbilhão de mistérios e perigos quando seu mundo tranquilo é abruptamente destruído. Após testemunhar a morte brutal de sua mãe e o assassinato de seu pai, ela é arrastada para um submundo sombrio e desconhecido. No coração dessa trama intrincada está Maxim Volkov, o Dom da máfia russa, um homem enigmático e implacável de 45 anos, líder de uma organização criminosa. Entre atração e repulsa, Irina e Maxim embarcam em um jogo perigoso, onde segredos sombrios e desejos proibidos colidem. À medida que o relacionamento entre eles se intensifica, inimigos sedentos de poder ameaçam separá-los, forçando Maxim a revelar seu lado mais obscuro para proteger a única pessoa capaz de lhe despertar algum sentimento. "A Tentação do Mafioso" é uma história de paixão, perigo e segredos obscuros, onde o amor e a traição se entrelaçam de maneira irresistível, será que você conseguirá desvendar cada mistério que permeia essa trama eletrizante.
Ler maisIrina Petrova
Acordei abruptamente com ruídos inexplicáveis que ecoavam pelo quarto. Meu primeiro instinto foi tentar me levantar, mas meu corpo gelou de espanto ao deparar com a silhueta de alguém presente na escuridão. A vontade de gritar surgiu instintivamente, mas antes que pudesse emitir qualquer som, uma mão ágil e familiar cobriu minha boca com rapidez surpreendente, sufocando qualquer grito em potencial.
Em meio à penumbra, meu coração batia descompassado enquanto meu olhar encontrava o rosto do intruso. Era meu pai. A confusão se misturou ao alívio momentâneo ao identificar sua figura, mas sua expressão tensa me deixou perplexa. Ele se aproximou do meu rosto, um dedo pressionando de forma delicada contra seus próprios lábios em um gesto silencioso, implorando por meu silêncio.
A fraca luz da lua que escapava pelas frestas das cortinas permitiu-me vislumbrar seu semblante, marcado pela tensão e preocupação. Questões inundaram minha mente, e a sensação de que algo sério estava acontecendo tomou conta de mim. O que levou meu pai a entrar furtivamente no meu quarto àquela hora da noite? Por que ele parecia tão apreensivo?
No silêncio opressivo que se instalou, senti meu coração martelar, e um turbilhão de emoções me envolveu. Ele sussurrou em meu ouvido.
Meu pai me puxou pelo braço com firmeza, o semblante tenso, e sussurrou com urgência: “Pegue seu irmão e vá para trás do espelho. Aqui não é seguro.” Senti minha mente dar voltas em confusão enquanto ele me fazia levantar.
Olhei para ele com olhos arregalados, notando a pistola em sua mão e uma submetralhadora pendurada em seu peito, balançando suavemente sobre seu abdômen. O que estava acontecendo? Onde estava minha mãe? Essas perguntas dançaram em minha mente como sombras incertas, mas não ousei expressá-las em voz alta.
Com um gesto decidido da mão, ele me indicou que eu deveria ir, enquanto ele próprio se abaixou e foi até as janelas do meu quarto, olhando furtivamente para fora. Meu coração martelava no peito, e a preocupação com minha mãe crescia a cada segundo que passava.
Minha boca se abriu para fazer aquela pergunta desesperada sobre a minha mãe, lembrando-me de que ela havia saído para um jantar com amigas e ainda não tinha retornado. O medo se agarrava a mim enquanto eu lutava para entender o que estava acontecendo e por que meu pai estava armado e agindo de forma tão misteriosa. Mas, naquele momento, ele me deu um olhar sério que me fez engolir minhas palavras e tomar uma decisão rápida. Era hora de proteger meu irmão e encontrar respostas por trás do misterioso espelho.
Meu pai saiu à frente, sua pistola apontada em todas as direções. Seus passos eram calculados, não produziam sequer o mais leve som. Enquanto isso, eu caminhava de maneira desajeitada, fazendo todos os barulhos possíveis. Seus olhos repreensivos me alertaram a ser mais silenciosa, e eu tentei dar o meu melhor. Cada passo, cada respiração, eu estava determinada a ser mais furtiva.
Ao entrarmos no quarto do meu irmão, meu pai permaneceu na porta, seus olhos vasculhando o ambiente. Acordei Calebe, ele me olhou confuso enquanto esfregava os olhos, agarrando seu ursinho de pelúcia com força. “Vamos, Calebe, precisamos ir agora”, sussurrei, puxando-o para meus braços. Ele tinha apenas cinco anos, e seu rosto sonolento estava repleto de confusão.
Meu pai me puxou pelo braço, indicando que eu deveria me apressar. Ele nos levou até a escada, onde havia um enorme espelho de corpo inteiro. Com um movimento coordenado e surpreendente, ele abriu o espelho. Meus olhos se arregalaram de surpresa, pois eu não sabia da existência desse lugar secreto. Meu pai nos empurrou para dentro e sussurrou mais uma vez: “Não saia daqui até ter certeza de que é seguro. Não tenho tempo para explicar agora, mas é você quem deve cuidar do seu irmão. Se, quando ver que é seguro sair, nem eu, nem sua mãe estivermos aqui, ligue para este número e diga que o falcão foi abatido!” Ele me olhou com firmeza, mesmo com minha confusão evidente, balancei a cabeça concordando.
“Somente aqueles em quem confio podem abrir este espelho”, ele disse antes de fechá-lo. Mesmo assim, eu conseguia vê-lo claramente através do vidro, e seu olhar sério permanecia gravado em minha mente. Era um momento de incerteza, mas eu estava determinada a proteger meu irmão e seguir as instruções de meu pai, seja lá o que aquilo significasse.
Meu pai se posicionou no topo da escada, enquanto eu acomodava Calebe no canto do compartimento. Ele estava sonolento e se aninhou para dormir. Eu me sentei em frente ao vidro, observando meu pai com olhos cheios de perguntas. Eu precisava descobrir o que estava acontecendo, entender por que meu pai nos havia escondido ali.
De repente, ouvi um estrondo e vi meu pai recuar, desaparecendo de minha visão. Logo abaixo, no pé da escada, surgiram cinco homens estranhos. Um deles segurava minha mãe pelo sobretudo, e meu coração gelou ao vê-la. Seu rosto estava abatido, a maquiagem borrada, e sua boca sangrava. Soltei um grito abafado de choque e horror, levando minhas mãos à boca.
Os homens pareciam gritar algo, e então um deles desferiu um tapa violento no rosto da minha mãe, fazendo-a cair no chão. Suas mãos estavam amarradas atrás das costas, e eu podia sentir a impotência se espalhando em meu peito. Olhei freneticamente para o vidro, tentando encontrar meu pai. Por que ele não estava defendendo minha mãe? Quem eram esses homens? Perguntas angustiantes rodopiavam em minha mente enquanto eu lutava para entender o que estava acontecendo.
Pensei em sair dali e correr até minha mãe, mas então olhei para Calebe. Ele estava sonolento e assustado, e eu sabia que precisava protegê-lo. Respirei fundo e me forcei a continuar observando a cena grotesca que se desenrolava lá embaixo. Minhas mãos estavam espalmadas contra o vidro, e meu olhar permanecia fixo naquela visão de horror que se desdobrava diante de mim.
Um dos homens gritava, olhando freneticamente para os cantos, como se estivesse chamando alguém. A arma estava apontada para a cabeça da minha mãe, que estava de joelhos no chão. Lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu me sentia impotente, incapaz de fazer qualquer coisa para ajudá-la. Minha mente estava uma bagunça de medo e confusão, e eu só queria entender o que estava acontecendo e como poderia proteger minha família.
Os outros homens subiram as escadas e saíram do meu campo de visão. O som dos estampidos ecoou pelos meus ouvidos, e meu coração disparou. Prendi o ar por alguns minutos, temendo o pior. Será que encontraram meu pai? Será que o mataram? Minhas mãos estavam úmidas de suor, e os minutos pareciam se arrastar agonizantemente.
Foi então que vi meu pai sendo trazido por dois dos homens. Eles o colocaram de pé no topo da escada, segurando cada um de seus braços. Um silêncio tenso pairava no ar, e eu mal conseguia respirar. Então, o som de um único tiro rasgou o ar, e vi as pernas do meu pai vacilarem. Os dois homens riram cruelmente enquanto arrastavam meu pai escada abaixo.Maxim Volcov.Já se passou um ano desde que tudo aconteceu, mas ainda posso sentir o gosto amargo do sangue e da traição na boca, mesmo que o tempo tenha tentado suavizar as cicatrizes. A cidade de Moscovo, com suas ruas agora mais vazias, respira a tensão que jamais se dissipou completamente. Eu sou Maxim, capo da Bratva, e, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, não pude simplesmente virar as costas e sumir. A realidade não me permitia isso. Minha responsabilidade, minha lealdade e meu império exigiam que eu me mantivesse firme, que não sucumbisse ao peso do que aconteceu.Irina está ao meu lado, mas ela não é apenas a mulher que escolhi para ser minha esposa, ela é a razão pela qual eu ainda luto. Ela estava grávida, e, ao olhar para a sua barriga, vejo não só a promessa de uma nova vida, mas também o peso do futuro que carregamos. Ela sempre foi meu ponto de equilíbrio, minha força. Aquele filho que ela carregava em seu ventre representava a única chance de reconstruir algo
Maxim Volcov.Cada soco, cada golpe, era como um reflexo do que eu sentia dentro de mim. A raiva, o medo, a dor. Era um turbilhão de emoções que se manifestava em cada movimento, em cada tentativa de me destruir. Mas ele estava cansado. Assim como eu. Já não tinha mais a mesma força, a mesma precisão.E foi nesse momento que Nikolai cometeu o erro que selou sua derrota.Ao tentar me golpear com um golpe final, ele pisou em uma das armadilhas que ele próprio havia armado. O estrondo ecoou pela fábrica, e eu vi o pânico nos olhos dele. Ele se desequilibrou, caindo de forma descontrolada para o chão. Era uma oportunidade única.Com um grito de raiva, eu me joguei sobre ele, meus punhos caindo como uma tempestade. Eu não ia deixá-lo escapar. Não dessa vez.Ele tentou se defender, mas já estava fraco demais. As palavras que ele havia usado para me manipular, as ameaças e provocações, não significavam mais nada. Ele havia perdido o controle, e eu estava determinado a garantir que ele não ti
Maxim Volcov.Antes que pudéssemos avançar, o som de um disparo rasgou o silêncio. Eu me virei instintivamente, colocando-me entre Irina e o perigo. O homem que tentou nos atacar foi abatido rapidamente, mas Nikolai sabia que não seria fácil nos pegar. Ele já estava preparando o próximo movimento.“Vamos,” eu disse, agarrando a mão dela e me arrastando para a próxima sala, o coração batendo forte. O corpo pesado de dor, mas a mente clara, com apenas um objetivo: sobreviver.Cada passo parecia pesar mais. Eu olhava para ela, para os olhos dela, tentando me convencer de que tudo ia dar certo. Ela estava comigo. Eu não ia deixá-la.Em cada corredor, mais emboscadas. A fábrica inteira parecia ter sido projetada para nos capturar. Eu sabia que, se caíssemos em qualquer uma delas, tudo estaria perdido. Cada movimento era feito com a precisão de um animal caçador, cada esquina, um risco.“Nós vamos sair daqui,” eu disse, mas, por dentro, eu sabia que o pior ainda estava por vir. Nikolai não
Maxim Volcov.A estrada era no meio do nada, mas eu não podia desistir, mesmo arrastando minha perna, e caindo de vez em quando eu precisava chegar a estrada principal e conseguir ajuda.O fogo havia me deixado marcas, tanto na pele quanto na alma. As queimaduras ardiam, e o sangue da minha perna manchava a roupa rasgada. Eu sabia que não podia parar, mesmo com a dor pulsando a cada passo. A fumaça ainda queimava meus pulmões, mas o que eu mais sentia era a falta de Irina. Eu sabia que ela estava em algum lugar, esperando por mim.A dor latejou e eu me desequilibrei e cai segurando a perna, meus olhos fechados e os dentes trincados tentando suportar a dor e não desmaia, escutei o som de um carro se aproximando e me arrastei para o canto da estrada.“Maxim…” A voz de Louis veio até mim, rouca e preocupada.E logo senti mãos me levantando do chão, levei a mão a frente dos olhos evitando os faróis, ainda atordoado.“Chefe, que bom que lhe encontrei.” Ele disse me colocando no banco de tr
Irina Petrova. O rugido do motor ecoava nos meus ouvidos. O carro deslisava pela estrada sinuosa, e eu sentia cada solavanco, cada vibração no asfalto irregular. Minhas mãos estavam amarradas com tiras de couro, os meus pulsos latejando com o aperto das cordas. Eu puxava, me remexia, mas era inútil. O couro mordia minha pele, marcando-me como se já pertencesse a eles.Ao meu lado, Nikolai segurava o volante com força, os olhos dele estavam fixos na estrada. O vento uivava contra os vidros, mas ele parecia não notar. Havia algo perversamente satisfeito em sua expressão, como se estivesse saboreando a vitória.“Você não faz ideia do que está por vir, querida,” ele disse com a voz cheia de triunfo.Eu o encarei, tentando ignorar o frio cortante que estava entranhado em minha pele. O medo estava lá, como uma fera faminta à espreita, mas o ódio queimava mais forte.“Você nunca vai ganhar, seu maldito,” minha voz saiu firme, apesar do nó em minha garganta. “Maxim vai te caçar até o i
Maxim VolcovQueimei por dentro. O ódio pulsava em minhas veias, me incendiando por inteiro. Tentei me levantar, mas uma dor excruciante rasgou minha perna, me jogando de volta ao chão. Soltei um grunhido de frustração, forçando minha visão turva a se fixar no que acontecia ao meu redor. E então a vi.Irina.Ela estava sendo arrastada pelo corredor, lutando, resistindo. Os dedos dela se agarravam a qualquer coisa, mas era inútil. Minha respiração ficou presa no peito. Um grito se formou na minha garganta, mas antes que eu pudesse soltá-lo, o riso insano de Nikolai ecoou nos meus ouvidos, ecoando como uma maldição. O mundo ao meu redor escureceu, e fui engolido pela inconsciência.Quando meus olhos se abriram novamente, o cheiro espesso de pólvora e sangue impregnava o ar. O calor sufocante me atingiu antes mesmo que eu compreendesse o que estava acontecendo. O galpão estava pegando fogo.Maldito seja, Nikolai.Ele queria ter certeza de que ninguém sairia vivo. A fumaça densa enchia m
Último capítulo