Irina Petrova.
O rugido do motor ecoava nos meus ouvidos. O carro deslisava pela estrada sinuosa, e eu sentia cada solavanco, cada vibração no asfalto irregular. Minhas mãos estavam amarradas com tiras de couro, os meus pulsos latejando com o aperto das cordas. Eu puxava, me remexia, mas era inútil. O couro mordia minha pele, marcando-me como se já pertencesse a eles.
Ao meu lado, Nikolai segurava o volante com força, os olhos dele estavam fixos na estrada. O vento uivava contra os vidros, mas ele parecia não notar. Havia algo perversamente satisfeito em sua expressão, como se estivesse saboreando a vitória.
“Você não faz ideia do que está por vir, querida,” ele disse com a voz cheia de triunfo.
Eu o encarei, tentando ignorar o frio cortante que estava entranhado em minha pele. O medo estava lá, como uma fera faminta à espreita, mas o ódio queimava mais forte.
“Você nunca vai ganhar, seu maldito,” minha voz saiu firme, apesar do nó em minha garganta. “Maxim vai te caçar até o i