Alexander se virou lentamente, como se cada passo fosse carregado de lembranças, e caminhou até ela com a caixa nas mãos. Ele se sentou ao lado dela no sofá. Respirou fundo, como quem busca coragem nas profundezas do próprio peito, repousou o objeto sobre o colo e, com gestos precisos e calculados, abriu a caixa revelando um maravilhoso colar de pérolas de brilho delicado, quase etéreo.
Lorena ergueu o olhar ao ver o objeto. Seus olhos se fixaram nas pérolas, como se tentassem decifrar o significado oculto por trás daquele gesto. Ela não sorria, não dizia nada — apenas observava, imóvel, com a respiração contida e o coração acelerado.
— Lorena... — disse Alexander, com a voz baixa, quase um sussurro que parecia temer quebrar o silêncio reverente do momento. — Esse colar era da minha falecida esposa.
Ele retirou o colar da caixa com cuidado, como se tocasse algo sagrado, e o ergueu diante dela. As pérolas balançaram suavemente, refletindo a luz como pequenas luas.
— E eu quero lhe dar