Alexander olhou para ela com um olhar surpreso, os olhos arregalados por um instante, antes de deixar escapar uma risada leve e contagiante. Não era deboche — longe disso — mas aquele tipo de riso brincalhão que parece iluminar o rosto e suavizar qualquer tensão.

— Carro? — repetiu ele, ainda sorrindo. — Lorena, eu não te contei... — disse, inclinando-se levemente para ela, como quem revela um segredo precioso. — Mas eu amo fazer atividades físicas. Caminhar me faz sentir vivo. E por isso... a gente vai a pé. O que você acha?

Lorena ergueu uma sobrancelha, surpresa, e cruzou os braços com elegância, como quem avalia uma proposta absurda. O vento suave da manhã ainda balançava levemente os fios soltos de seu cabelo, e o sol já começava a se impor no céu azul.

— A pé? — ela perguntou, com um tom incrédulo. — Como assim? — Você não está falando sério, está?

— Falo sério. — respondeu ele, com firmeza e um sorriso confiante. — Vamos caminhar juntos pela estrada. Acredite em mim, não é long