Alexander desviou seu olhar por um breve instante, como se buscasse coragem nos arredores. Seus olhos pousaram sobre um carteiro de rosas vermelhas encostado sob a sombra suave de uma árvore.
As pétalas, vivas e aveludadas, exalavam um perfume adocicado que dançava no ar junto ao zumbido quase imperceptível das abelhas. Elas repousavam delicadamente sobre as flores, indiferentes ao turbilhão emocional que se desenrolava a poucos passos — uma calma que contrastava com a inquietude de seu coração.
Inspirando fundo, Alexander virou-se lentamente. Seus olhos encontraram os de Vitor com uma firmeza gentil, e ele deu um passo à frente. Aproximou-se com propósito e, num gesto carregado de segurança e ternura, ergueu os braços, pousando as mãos firmes — mas reconfortantes — sobre os ombros do jovem.
— Sinceramente... eu não desconfio de ninguém, filho — disse ele, com a voz baixa, quase em um sussurro que carregava o peso da incerteza e a força da esperança. Seus olhos, no entanto, não vacila