Alexander surgiu como uma tempestade, ofegante, com o rosto suado e os olhos arregalados, como se tivesse corrido quilômetros sob um sol inclemente. O som de seus passos ainda parecia ecoar pelo chão de mármore polido, cada batida reverberando como um tambor de guerra. O ar pareceu ficar mais pesado, carregado de tensão, como se até as paredes sentissem sua urgência.
— Finalmente. Encontrei vocês. — disse ele, com a voz rouca, quase falhando, enquanto se apoiava no batente da porta com uma das mãos trêmulas. Seus olhos varreram o ambiente com intensidade feroz, pousando em cada rosto como se tentasse decifrar segredos escondidos atrás de expressões contidas. — Quero explicações agora. O que está acontecendo aqui?
O silêncio que se seguiu foi denso, quase palpável, cortado apenas pelo som distante de uma gaivota lá fora e o tique-taque insistente de um relógio na parede, como se o tempo estivesse zombando da gravidade do momento.
Vitor se aproximou devagar dele, como quem pisa em cacos