Lorena hesitou. A tensão em seus ombros aumentou, como se um peso invisível os puxasse para baixo. Seus dedos se apertaram contra a barra do vestido, amassando o tecido com força, enquanto seus olhos evitavam o contato direto com Vitor. Ainda assim, sua voz saiu firme, quase ensaiada, como se tivesse repetido aquelas palavras em sua mente inúmeras vezes.
— Eu estava passando pelo corredor, Vitor. E só descobri quando abri a porta e encontrei ela desacordada.
O olhar de Vitor passou lentamente de Lorena para Agatha, como se analisasse cada expressão, cada gesto. Seus olhos escureceram por um instante, e sua mandíbula se contraiu.
— Agatha, você sabe que eu não aceito isso. Não sabe?
— Você já agiu incorretamente muitas vezes aqui dentro.
Ao ouvir as palavras, o coração de Agatha acelerou, batendo com força contra o peito como se quisesse escapar. Sentiu seus pés sem chão, como se o piso tivesse desaparecido sob ela. O mundo à sua volta parecia não existir — os sons se tornaram distan