Alexander permaneceu imóvel, como se o tempo tivesse congelado ao redor deles. A pergunta de Lorena reverberava em sua mente como um eco sombrio, desafiando tudo o que ele acreditava sobre amor, redenção e limites.
Ele respirou fundo, tentando encontrar dentro de si uma resposta que não fosse apenas lógica, mas verdadeira. Seus olhos, fixos nos dela, buscavam algo — talvez uma faísca de arrependimento, talvez uma sombra de dor. Mas Lorena permanecia impassível, como uma estátua esculpida à sua frente e em silêncio.
— Se você fosse cruel... — começou ele, com a voz baixa, quase um sussurro, como se temesse que as palavras quebrassem o frágil equilíbrio entre eles. — Eu acho que ainda assim te amaria.
Fez uma pausa, sentindo o gosto metálico da confissão na boca.
— Mas seria um amor diferente. Um amor que sangra. Que luta contra si mesmo. Que não se entrega fácil. Um amor que se debate entre o desejo de te salvar e o medo de se perder.
Ele abaixou os olhos por um instante, como se