A noite caiu com um tipo de silêncio cheio de intenções. Tayanara, depois de colocar Dante no berço, saiu do quarto com passos leves, com o banho tomado, o perfume discreto, e nos olhos um brilho que dizia tudo sem precisar dizer muito.
Na sala, Rangel já a aguardava. Ele havia apagado as luzes principais, deixando só a penumbra morna da luminária de canto e a claridade da televisão.Uma taça de vinho esperava por ela no braço do sofá, e na TV, uma playlist suave com músicas internacionais preenchia o ar com uma vibração íntima e acolhedora.Quando ela entrou, ele se virou devagar, observando-a como se fosse a primeira vez, as núpcias. Nada era forçado naquela aproximação, era desejo com memória, carinho com história. Ele começou rir mostrando a taça, a chamou para se aproximar.Sentaram-se juntos abraçados. Primeiro apenas conversando baixinho. Depois, os toques foram surgindo, os beijos crescendo em profundidade, até o carinho se transformar em