Assim que Tayanara entrou no carro, ajeitando as sacolas da farmácia no banco, ela foi pegar Dante pela fresta dos bancos, o cuidador deu partida em silêncio. Rangel, sentado ao lado no banco da frente, virou ligeiramente o rosto na direção dela.
— Tay... quanto deu tudo? — perguntou, com a voz baixa, quase contida.— Me fala. Quero devolver, tudo.Ela respondeu sem olhar diretamente, mexendo no zíper da bolsa enquanto procurava uma fralda.— Tá tudo certo, Rangel. Foi pago com a pensão dele.Mas ele insistiu, com um tom mais firme:— Mesmo assim. Isso foi emergência. É minha responsabilidade. Me dá a nota fiscal, vai.— A pensão é pra manter a casa, comprar fralda, leite.Ela parou, respirou fundo e tirou o papel dobrado do bolso da lateral da bolsa. Esticou pelo banco da frente, entregando-o com um movimento breve.— Tá aí. Ficou mais caro por causa do inalador.Ele pegou com cuidado, exam