Rangel acordou sentindo um desconforto estranho e, assim que se mexeu na cama, percebeu o problema.
A fralda tinha vazado. Soltou um suspiro frustrado, apertando a mandíbula enquanto analisava a situação.
Era mais um lembrete do que ele havia se tornado dependente, vulnerável, incapaz de controlar até as pequenas coisas do próprio corpo.
O mau humor tomou conta dele imediatamente.
Quando viu Tayanara parada perto, percebendo o que havia acontecido, seu olhar endureceu.
— Não entra! — disse rápido, antes que ela dissesse qualquer coisa.
Ela estava espiando pela fresta.
— Eu posso ajudar? Tudo bem?
Ele foi se sentando como dava, se recusando a aceitar qualquer auxílio dela.
— Não precisa. O Marcelo já chegou?
Ela disse que sim, chamou o cuidador, que apareceu prontamente, e se trancou no quarto com ele, deixando claro que não queria que Tayanara participasse daquele momento.
O tempo passou e ele não saiu, absorvido em sua própria irritação, tentando lidar com a frustração sem ex