Bateu duas vezes, sem muita força.
— Posso entrar Tay? — perguntou, sua voz soando um pouco mais suave do que de costume.
Do outro lado, Tayanara hesitou antes de responder.
— Oi? Pode…
Rangel abriu a porta devagar e a encontrou ali, embaixo do chuveiro, ainda se cobrindo com as mãos, claramente envergonhada. Ele percebeu o desconforto nela, algo que ia além da simples exposição.
Rangel observou Tayanara por alguns instantes, notando a forma como ela se cobria, como se quisesse se esconder dele. Depois de tudo o que haviam compartilhado naquela noite, aquilo o intrigou.
Ele se aproximou com calma, evitando qualquer gesto brusco.
— Por que está se escondendo Fofinha? — perguntou, sua voz baixa, sem a habitual provocação.
Tayanara desviou o olhar, ainda envergonhada.
— Eu… não sei. — murmurou, hesitante.
Rangel percebeu que havia algo mais profundo ali, algo que ia além da simples vergonha. Talvez fosse sobre como ela enxergava a si mesma, sobre como se sentia exposta naquele