Kisa se remexia desconfortável no banco de trás da viatura, enquanto as algemas apertavam seus pulsos, deixando marcas visíveis em sua pele.
— Por favor, me deixem ir, eu não fiz nada de errado! — insistiu Kisa, aflita.
— Se você for inocente, isso vai ser provado no julgamento — respondeu o policial ao volante.
— Eu nem conheço esse homem! — enfatizou ela. — Eu nem sabia que ele era rico ou algo assim... só sei o nome dele porque a filha dele mencionou para um dos paramédicos!
— Você tá dizendo que nunca viu o senhor Fankhauser? — perguntou o policial de repente, chamando a atenção de Kisa.
— Como é? Você disse... Fankhauser? — então ela se lembrou da empresa para a qual havia se candidatado.
“Será que... aquele homem é o dono da Fankhauser Aether Motors?”, pensou ela, e o pensamento a deixou atônita.
Quando finalmente chegaram à delegacia, a viatura freou suavemente e o motor desligou com um último rugido abafado. A luz branca da fachada iluminava a área, criando um contraste duro en