Pamela
Depois de tudo que aconteceu em Londres, eu só queria respirar. Sentia que, finalmente, as coisas estavam se acalmando. Caleb tinha encerrado os negócios mais importantes, o advogado já estava cuidando da parte da Márcia, e o clima tenso começava a dar espaço para algo novo: a ideia de viajar só nós dois, sem compromissos, sem reuniões, sem polícia batendo na porta de madrugada.
Uma tarde, voltamos para o quarto do hotel depois de mais uma reunião de Caleb, e ele simplesmente disse:
— Acho que está na hora de irmos para Paris.
Eu parei de tirar os sapatos, olhei para ele e senti meu coração dar aquele salto.
— Paris?
Ele sorriu daquele jeito que sempre me desarma.
— Sim. Você já esteve lá?
Balancei a cabeça, sorrindo feito criança.
— Não, nunca.
— Então está decidido. Londres já deu o que tinha que dar. — Ele se aproximou, segurou meu rosto e disse: — Agora eu quero te ver na cidade mais romântica do mundo.
Senti minhas bochechas esquentarem, porque só de imaginar Paris com ele