Pamela
Quando acordei naquela manhã, meu corpo ainda estava pesado da noite anterior. Tentei dormir, mas a lembrança da polícia batendo na porta não me deixava descansar. Cada vez que fechava os olhos, eu escutava de novo aquela voz grossa dizendo “É a polícia!”. Meu estômago embrulhava.
Caleb, como sempre, parecia mais calmo do que eu. Ele já tinha tomado café, já tinha ligado para o escritório, já estava resolvendo tudo. Às vezes eu ficava impressionada com a frieza dele diante de qualquer crise. Mas ao mesmo tempo, isso me irritava um pouco, porque eu não conseguia desligar da raiva e do medo tão rápido assim.
— Vamos sair um pouco — ele disse, quando já estávamos arrumados. — Tenho um almoço de negócios, quero que você vá comigo.
— Você tem certeza? — perguntei. — Achei que não queria misturar as coisas agora.
— Você é minha esposa — ele respondeu, simples, como se não houvesse discussão. — E eu quero você comigo.
Suspirei e aceitei. Vesti um vestido simples, mas elegante, e deixe