PAMELA
O barulho que o Caleb fez quando caiu nem foi alto. Foi tipo um tum abafado, mas suficiente pra minha alma sair do corpo por dois segundos. Eu virei na hora, já com o coração na garganta, e só vi ele apagado no chão do box, com a água batendo no corpo dele e escorrendo pro ralo como se nada estivesse acontecendo.
Meu mundo travou.
— Caleb? — minha voz saiu fininha, quebrada, como se eu tivesse perdido a força na hora.
Me ajoelhei tão rápido que machuquei os joelhos no chão molhado, mas nem senti. Toquei o rosto dele, a pele quente da água, mas fria de um jeito que não fazia sentido.
— Amor? Ei, amor, olha pra mim… Caleb, pelo amor de Deus, acorda…
Ele não abriu os olhos.
Ele não mexeu um músculo.
Aí eu entrei em pânico de verdade. Meu corpo começou a tremer sozinho, meu coração batia tão rápido que parecia que ia furar meu peito. Eu só conseguia pensar: não, não, não… eu não posso perder ele. eu não posso.
— SOCORRO! — gritei o mais alto que consegui — ALGUÉM! POR FAVOR!
Minha