O som dos pneus esmagando o cascalho foi o primeiro sinal de que estava chegando. James respirou fundo quando avistou a cabana de veraneio da família, aninhada entre as árvores altas, com o lago se estendendo ao fundo, calmo, como se o mundo lá fora simplesmente não existisse.
Por um momento, se perguntou por que, exatamente, tinha cedido ao apelo dos pais. Talvez porque, no fundo, soubesse que Cora precisava. Ela estava fragilizada com tudo — mais do que queria demonstrar. E, de algum modo, Leonard também parecia buscar refúgio no silêncio e na distância daquele lugar. Mas não foi o reflexo do lago que capturou sua atenção. Nem o cheiro da madeira molhada, nem a brisa limpa que balançava as folhas. Foi ela. Sophie.
Sentada sob a tenda que dava vista para o lago, com Chloe aninhada nos braços, balançando suavemente, como quem embala não apenas uma criança, mas também os próprios pensamentos, as próprias dores.
Por um instante, James não se moveu. Permaneceu ali, parado, obser