Quase duas semanas haviam se passado desde que James deixou Manhattan. Duas semanas que pareciam meses em sua alma.
Ele acordava todos os dias com o som do mar da Grécia entrando pela janela, uma brisa salgada balançando as cortinas do pequeno apartamento alugado em Santorini. A vista era absurda — o azul do mar colidia com o branco das casas nas encostas, e por um instante ele conseguia respirar. Mas era só por um instante.
A maior parte do tempo, ele passava diante da tela do computador, resolvendo o que podia da empresa à distância. Reuniões por vídeo chamadas, respostas rápidas por e-mail, relatórios enviados por Michael. Era uma rotina funcional, fria, que mal o mantinha em pé.
As ligações não paravam. Todos os dias, notificações pipocavam na tela do celular. Leonard. Sophie. Julian. Grace. Até alguns nomes que ele não reconhecia à primeira vista. Mas ele ignorava todas — exceto as de Michael, as de Grace e, às vezes, os advogados de Sophie.
Tinha raiva. Não de Sophie.