Capítulo 39

Narrado por Melissa

O vento salgado bateu no meu rosto como se quisesse limpar meus pensamentos. A areia morna entre os dedos, o cheiro do mar misturado com protetor solar e camarão vindo de alguma barraca. Caminhar pela orla de Porto de Galinhas parecia coisa de outro mundo. Era tudo tão... vivo. Mas por dentro, eu me sentia suspensa, presa entre dois mundos: esse lugar de paz, e o outro, que gritava dentro do meu peito cada vez que lembrava do Bruno preso.

Mariana caminhava ao meu lado, descalça também. A gente não dizia nada, mas compartilhava o silêncio como irmãs que se entendem sem precisar falar.

As nossas histórias eram parecidas da sua maneira e de certa forma o destino nos interligou.

— O sotaque deles é a coisa mais linda, né? — comentei, rindo.

Mariana me olhou e riu também.

— E você viu como eles falam cantado? “Oxente, mermããão”...

Caímos na gargalhada. A primeira risada sincera que eu dava em dias. Foi bom. Tão bom que me pegou de surpresa.

Me sentei num banquinho de m
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