Algo em Lucy resistiu àquela calma forçada. Uma força cresceu dentro dela, como um fogo que não podia ser contido. O colar de meia-lua pulsou, quente, e, num instante, o diretor foi jogado contra a parede, os livros sobre a mesa caindo com um estrondo. Uma onda de poder percorreu o corpo de Lucy, maravilhosa e aterrorizante. Ela olhou para as mãos, tremendo, sem entender o que havia feito.
O silêncio tomou a sala de jantar. Thomas McCain, de pé, era uma cópia mais velha de Cedric — cabelos negros, olhos verdes penetrantes, um sorriso que escondia veneno. Lucy o encarou, o coração disparado.
— O que faz na minha casa? — perguntou Mary, sem se virar, os punhos cerrados.
— Oi, Mary — respondeu Thomas, educado, dando passos para ficar de frente a ela. Seu olhar frio cortava como uma lâmina.
— Quem é o senhor? — perguntou Lucy, já sabendo a resposta.
— Thomas McCain — respondeu Mary, levantando-se, o tom gélido. — Não lembro de convidá-lo pra jantar.
— Vejo que a pequena Lucy cresceu — dis