No castelo, Lucy correu para o quarto de Mary, mas a encontrou dormindo profundamente, a respiração lenta. Pensou em acordá-la, mas desistiu, descendo as escadas em busca de Catherine.
— Catherine! — chamou, encontrando-a no hall, limpando um vaso.
— Sim, Lucy? — respondeu a empregada, com um sorriso gentil.
— Como ele era? Meu pai — perguntou Lucy, ansiosa.
Catherine hesitou, os olhos marejando.
— O menino Dick era encantador, cheio de alegria — disse, a voz embargada. — Não havia maldade nele, só inocência.
— Continue — pediu Lucy, o coração apertado.
— Independente do que falem, saiba que seu pai foi a melhor pessoa que conheci — disse Catherine, com firmeza.
— Por que falariam dele? — perguntou Lucy, confusa.
— As pessoas pegam o que é bom e destroem — respondeu Catherine, com amargura. — Só por isso.
— Por que me odeiam? O que eu fiz? — perguntou Lucy, a voz quase infantil.
Catherine a abraçou, os olhos refletindo a dor de Lucy.
— Oh, minha menina — murmurou. — Seu pai amava