Se há dor em tudo, é realmente necessário curar? O que dói em ti? Presente, passado, futuro O tempo. No fim do dia, O anseio de tudo que vive é apenas ser livre! Mesmo que doa. O existir. Loucos podem chorar? Loucos podem lutar? Amar? Doentes podem curar? A razão. Estava a Dor A indagar... Nada faz sentido, Tudo está ligado! A vida. *** O passado, o presente e o futuro de Sigmund chocam-se. Destinado a uma grande responsabilidade, ele precisará ir contra quem é e quem foi para atingir seus objetivos. *** Leia com discrição. Deixo desde já o alerta de gatilhos, muitos assuntos sensíveis serão abordados.
Ler maisA quarta conta carrega a palavra Horda. Poderia ter feito uma para cada um, mas o sofrimento que os impus é o mesmo e recordar-me de todos juntos manifesta meu pesar por agir contra a família que me foi entregue.Como Algos, é meu dever, acima de tudo, zelar pelos sétimos. Se tivesse falhado, não teria culpa, mas não foi negligência, foi ataque!A horda detém o mesmo fervor e lealdade a Macária que Zari; servem-me como horda com a mesma intensidade. Amam-me como pai e eu os amo muito mais do que consigo expressar.Não precisamos falar do maldito desdém.Falemos do maior pecado que cometi contra meus filhos: eu, Algos Jamon, incitei a Loucura dos meus para ter soldados sanguinolentos. Instilei tanto ódio, insanidade, que alguns têm sequelas que não pude curar.Usei de sua Loucura para ter soldados na guerra no plano vivo, como desculpa para ataques armados à décima quarta escadaria… Usei de sua Loucura para favorecer-me politicamente, como ferramenta de manipulação da bondade e empatia
Saudações, futura encarnação minha!É com pesar e gozo que vos escrevo. Gostaria de estar lhe escrevendo para dar boas-novas, mas sinto dizer que este não é o cunho da conversa.Em uma breve estrofe creio poder resumir a situação em que me encontro como caótica e levemente deplorável. Estou momentaneamente satisfeito com os míseros esforços que pude fazer em nome da sobrevivência até ti.É muito insatisfatório lidar com a derrota e, caro eu, deixando meu ego de lado pela primeira vez, confesso que perdi as guerras: interna e externa.O conflito interno vem se estendendo por tempo demais e só percebi estar perdendo recentemente. Infelizmente, tarde!Antes de aprofundar-me na insana sinfonia caótica que me envolve, há pontos que precisam de esclarecimento, ou, talvez, apenas necessitem ser levantados para tentar dar-lhe mínima paz ou amenizar sua confusão.Se encontrou Roxx, a moça dos olhos como os teus, e ainda não teve contato com os sétimos, quero pedir-lhe calma. É cedo e os evento
Iven, seu general, seus tenentes-generais e seu aprendiz iniciaram seus lentos passos, rumo a décima quarta escadaria. O rapaz portava um tanto e uma longa flauta doce, com baixo em fá.— Bom dia, irmãos, sobrinhos, criança! — Iven sorriu, gentil.Aldous retribuiu com um sorriso e eles juntaram-se à lenta marcha.Ianos juntou-se, cumprimentando-os com meia flexão, em silêncio.Chegando no décimo quarto salão principal, Alexa os aguardava de pé, próxima à entrada. Era possível observar os selamentos que delimitavam a área do desafio no fundo do salão.Todos cumprimentaram-na, seguindo a ordem hierárquica.— Bom dia, meus irmãos. — Alexa sorriu.Aldous foi incapaz de não fugir o olhar, nitidamente incomodado.O arrepio alastrando-se em seu corpo foi visível e sua palidez atenuou, como se estivesse diante de seu pior pesadelo. Ele respirou fundo.— Hoje, receberemos em nossa casa: Allatu — anunciou Alexa. — Espera-se que o vencedor seja correto e reto perante às leis de nossa mãe e de su
O extremo relaxamento ao atestar a saúde de Serena fora orgástico.Sigmund deixou o embrulho ao seu lado e a retornou ao estado semiconsciente devagar. Do estado inicial, ela despertou só.Apreensivo, ele a olhou por alguns instantes.— Está bem!?Serena vocalizou algo ininteligente.Preocupado, Sigmund apressou-se para averiguá-la novamente.“Não é possível que eu tenha errado!”, pensou, odiando-se.— Calma, irmão. É brincadeira! — gargalhou.— Brincadeira, Serena!? Isso é brincadeira!? — repreendeu, irado.Ela sentou, gargalhando.— Isso não é engraçado! O que você tem na cabeça!?— Desculpa, não resisti… Zari estaria morrendo de rir agora…— Argh! Que susto!— Voltando ao trabalho… — riu, contendo-se. — Pelo que me foi instruído, o japamala ajudará após o contato com Allatu. Só deve saber o conteúdo dos selos e das contas após o desafio.— Claro… se eu lhe dei isso, eu não te disse que sou impaciente!?— Sempre foi, mas… sou só uma agente do passado. Quem sabe, você não tenha pensa
Apesar da voz mais grossa, Sigmund virou e identificou Vanhi pelos olhos, cor de mel, agora, mais claros. Estava maior, sorriu, deixando os caninos levemente saltados a mostra, característica que ele nunca notou dado o fato de Vanhi estar sempre sério e nervoso.— Vanhi?— Como está, criança? — Aproximou-se, observando-o. — Parece muito bem. Que os Nats sigam abençoando-o!— Estou bem. Obrigado.— Cuide-se! Posso falar em nome de todos quando digo que aquele momento se foi e não há nada pelo que deva se culpar; então se culpa se passar em sua mente, em algum momento, ignore… é mentira!— Como conclui que não tenho culpa? Ainda matei porque quis.— Por que concluiríamos que uma explosão é a grande vilã e ignoraríamos aquele que acendeu a bomba?— Posso ter matado um dos seus e nem me lembro…— Não é possível remover a culpa da bomba; mas ela só fez o que foi criada para fazer… Aquele que a confeccionou e comburiu deve carregar todo o pesado fardo das mortes causadas por ela, só.— E qu
— Herdeiro… — A voz de Latisha despertou Sigmund.O cheiro de comida fez seu estômago agitar-se.— Himeros!? — Sigmund sentou, estranhando.Latisha estava ajoelhada próxima a ele e a refeição, responsável por agitar seu estômago, estava sobre uma bandeja ao lado dela.— Está bem? — indagou, com olhar curioso.— Sim. O que houve?— Não sei. Trouxe sua refeição. O mestre deixou. — Ela sorriu.— Obrigado. — Sigmund tornou a estranhar o cuidado.— Não está envenenada, não se preocupe!— Jamais pensaria que me envenenaria…— Que bom que sabe! Hibris e Ftisis te envenenariam… — riu. — Talvez Epifron… mas com ele é fácil saber, se observá-lo agitado, pode ter certeza que ele está pensando nesse tipo de brincadeira.— Envenenar alguém é brincadeira!?— Nem sempre ele conhece o limite… mas, se um dia te envenenar em uma brincadeira, ele ajudará, é claro, após rir bastante.— Nossa! Creio que, de todos, Epifron é o mais louco!— Concordo um pouco. Como está? — arguiu, observando-o.— Bem. Foi u
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