O apartamento estava tranquilo naquela tarde, com a luz do sol filtrando-se pelas janelas e aquecendo cada canto da sala. Cecília mexia distraidamente em algumas coisas na mesa da cozinha quando ouviu a voz de Enrico, baixa, mas firme, atrás dela.
— Cecília — chamou ele, e havia naquele simples tom uma mistura de nervosismo e entusiasmo contido.
Ela se virou devagar, arqueando uma sobrancelha, desconfiada.
— O que foi agora? — perguntou, tentando parecer casual, mas o coração já começava a bater mais rápido.
Enrico se aproximou, o olhar fixo no dela, um leve sorriso brincando nos lábios.
— Decidi que vou ao jantar da minha mãe.
O corpo de Cecília estremeceu levemente, surpresa. Um misto de alívio e apreensão se misturou no peito dela.
— Sério? — murmurou, incrédula, e logo um sorriso começou a se formar. — Que bom…
Ele deu um passo mais próximo, quase cortando a distância entre eles, e continuou, firme e decidido.
— E vou levar você comigo.
Cecília engoliu em seco, a alegria inicial d