Café e silêncio

Cecília ainda dormia quando Enrico se levantou. O céu do lado de fora já clareava, mas o apartamento continuava em meia penumbra, silencioso. Ele se espreguiçou com discrição, tentando não fazer barulho.

Na cozinha pequena e arrumada demais — quase impessoal — ele abriu o armário em busca de café. Encontrou uma meia dúzia de canecas, um pacote quase vazio de biscoito água e sal, uma caixa de chá esquecida e... só. Na geladeira, havia uma garrafa de água, um limão e uma bandeja com ovos vencidos.

Suspirou. Aquilo dizia muito mais sobre Cecília do que ela jamais diria em voz alta, um tipo de abandono silencioso. Não apenas da casa, mas de si mesma.

Pegou as chaves e desceu para comprar alguma coisa. Encontrou uma padaria a duas quadras dali, dessas antigas, com pão quentinho saindo do forno e cheiro de café recém-passado. Comprou pães, suco, frios, e voltou caminhando devagar, o rosto ainda carregado pela noite mal dormida.

De volta ao apartamento, preparou a mesa em silêncio. Passou ma
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