Leydi Dayane
Sábado de sol. Céu aberto, poucas nuvens e aquele ventinho preguiçoso batendo no rosto, bem do jeitinho que faz a gente esquecer por umas horas que a vida é cheia de boletos, CEOs arrogantes e advogados babacas.
Chegamos ao Parque Vila Lobos pouco antes das dez. O portão principal já estava movimentado, com famílias entrando, crianças correndo com bolas e patinetes, casais caminhando de mãos dadas, cachorros puxando seus donos pelas guias e vendedores ambulantes oferecendo de tudo: algodão-doce, bolha de sabão, raspadinha, pulseiras artesanais, tudo num caos alegre e barulhento.
— Mãe, a gente vai alugar a bicicleta de três lugares, né? — Gamora perguntou, empolgada, quase pulando.
— Triciclo, filha. E sim, vamos. — respondi, já com a mão suando de carregar bolsa, garrafinha, lancheira, protetor solar e mais um milhão de coisas que uma mãe precisa carregar como se fosse o camelo oficial da criança.
— Ah, eu amo triciclo! A gente vai correr igual formiga fugindo da água!
A