Leydi Dayane
Telefone no ouvido, dedos no teclado e olhos... bem, os olhos estavam colados na parede de vidro que me separava da jaula do CEO mais grosseiro da face da Terra — e, de brinde, do advogado mais inconveniente e metido a Don Juan de rodoviária que já tive o desprazer de conhecer.
— Perfeito, senhor Marcos... Então confirmamos sua reunião para a próxima terça, às nove da manhã. Anotei aqui, sim... Sem problema, qualquer coisa é só me ligar. — finalizei no meu tom mais profissional, aquele bem treinado na escola de “finja que está plena enquanto sua sanidade implora socorro”.
Minhas mãos teclavam tão rápido que, se existisse campeonato de datilografia, eu levava o ouro. Só que, sejamos sinceros, meu cérebro estava tão distante daquele computador quanto minha conta bancária está de ser milionária.
Se tem uma coisa que aprendi nesses últimos sete dias trancafiada nesse escritório de luxo — que mais parece cenário de série jurídica chique, com paredes de vidro, móveis minimalist