Leydi Dayane
Eu sentia meu coração batendo tão forte que tinha certeza de que todos no restaurante podiam ouvir. Gamora estava do meu lado, mas já com sua energia de sempre, soltando um monólogo sem fim sobre como estava faminta, o quanto queria comer sorvete, e ainda conseguia enfiar no papo como queria ir à praia no dia seguinte e se o Cristo Redentor usava mesmo chinelos.
Eu tentava sorrir, mas por dentro estava uma confusão imensa. Naquela noite, tudo mudaria — seria o momento em que contaríamos para a nossa pequena que o homem que estava ali, em silêncio, nos esperando, era o pai dela. A babá tinha sido dispensada para que fosse um momento a três, só nosso, porque sabia que aquilo precisava ser tratado com cuidado e carinho.
Meus olhos estavam fixos na mesa onde Arthur, Ana e Marcela já estavam sentados, cada um deles com expressões que misturavam curiosidade e um leve nervosismo. Quando finalmente nos chamaram, eu comecei a andar na direção deles, tentando acalmar a ansiedade qu