Alguns dias se passaram desde o dia que Abigail começou a se lembrar das coisas com mais clareza.
O quarto do hospital, antes carregado de tensão e medo, agora parecia irradiar um misto de tranquilidade e expectativa. Abigail ainda tinha momentos de fragilidade, mas cada sorriso, cada palavra dita com mais firmeza, era uma vitória silenciosa.
Matheus vinha visitá-la todos os dias. Sentado ao lado da cama, conversavam sobre aulas, projetos da faculdade e memórias que faziam Abigail rir. A presença dele era constante, um apoio que ia além das palavras, uma âncora para a recuperação emocional dela.
Marcos e Luiza permaneciam próximos, alternando-se em horários para não sobrecarregar Abigail, mas garantindo que ela nunca ficasse sozinha. Cada toque, cada gesto de cuidado era uma lembrança de que ela não estava apenas sendo cuidada fisicamente — estava sendo protegida e amada.
Sérgio, no entanto, se recusava a sair do hospital. A cada dia, ele permanecia ao lado de Abigail, sentado discret