O carro de Sérgio parou lentamente em frente à casa, os faróis refletindo nas janelas. Ele ficou ali alguns minutos, apenas observando, os dedos apertando o volante sem perceber. Cada respiração parecia pesada demais, cada pensamento mais difícil que o anterior. Ele sabia que precisava entrar, precisava encarar a situação… mas algo dentro dele tentava recuar.
Respirou fundo, saiu do carro e caminhou até a porta, cada passo marcado por uma mistura de ansiedade e culpa. Bateu uma vez, firme, mas contida.
A porta se abriu quase imediatamente, e Luiza apareceu do outro lado. Ela vestia uma roupa simples, o cabelo preso de forma prática, mas os olhos calmos e atentos não disfarçavam a percepção de quem já esperava por ele, de alguma forma.
— Sérgio. — disse ela, sem surpresa, mas com um leve tom de alerta. — Entre.
Ele engoliu em seco, empurrou a porta e entrou, ainda segurando a tensão em cada músculo. O ar da casa era familiar e ao mesmo tempo distante, como se ele estivesse entrando num