O amanhecer chegou arrastado, tingindo de cinza as copas das árvores e as muralhas antigas da Fortaleza de Alvear. A névoa pairava espessa sobre o vale, abafando os sons da floresta e envolvendo a fortaleza num clima pesado, como se a própria natureza pressentisse os ventos de guerra que se aproximavam. Naquele dia, o conselho das matilhas se reuniria, e Lysandra sabia que, mais do que nunca, precisaria provar sua força.
A sala do conselho era um salão de pedra antiga, construído por mãos há muito esquecidas. Seus pilares eram marcados por runas ancestrais, e tochas crepitavam nas paredes, lançando sombras que dançavam sobre os rostos tensos dos alfas reunidos ali. Era um lugar onde histórias de poder, sangue e traição ecoavam nas pedras, e onde o destino das matilhas seria mais uma vez decidido.
Lysandra entrou de cabeça erguida. Carregava no olhar a herança de sua mãe e no peito as marcas da batalha recente. Aric a acompanhava, a postura rígida e os olhos dourados varrendo a sala, a