A lua cheia pendia pesada no céu, lançando sua luz pálida sobre as árvores retorcidas da floresta ancestral. O vento carregava o cheiro de sangue e terra molhada, e o silêncio da noite era cortado por uivos solitários. No acampamento improvisado onde a matilha de Lysandra tentava se recompor, a jovem alfa mantinha-se desperta, sentada junto à fogueira que ameaçava apagar.
Em suas mãos, o diário de Helena — envelhecido pelo tempo, mas com palavras tão vivas quanto as cicatrizes em sua pele — parecia arder. Cada linha revelava mais do que simples lembranças. As últimas páginas traziam verdades ocultas, escritas às pressas entre batalhas e perseguições.
Helena não estava morta.
Lysandra sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao reler aquele trecho pela quinta vez. “Prisioneiros de sombra e maldição. Aprisionados entre os mundos, clamando pela libertação que só o sangue da herdeira poderá conceder.”
Ela fechou os olhos, tentando conter a raiva e a dor. Todos os que lutaram ao lado de su