Olhei para as sacolas que ocupavam boa parte do quarto, que era simplesmente a coisa mais absurda de tamanho que já vi na vida:
— Ainda prefiro... uma bolsa da Santa Lolla. — Suspirei, tentando manter meus princípios, embora eles tivessem querendo fugir pela janela.
— Eu também sempre quis uma Santa Lolla! — Emma abriu um sorriso sincero — Minha meta de formatura é uma Santa Lolla nude. Só que… — apontou para as caixas empilhadas — aqui, imagino que as metas sejam outras.
Ficamos em silêncio um instante. Então eu perguntei, bem baixinho:
— Posso confiar em você?
— Sou filha da Marcelle — ela respondeu. — E ela confia em mim. E eu nela.
A mensagem estava dada: não era “traição” ao chefe e sim lealdade à mãe. Uma lealdade que, por tabela, me dava um fio de esperança