Eu tinha decidido que não choraria. Não deixaria ninguém ver a minha fraqueza. Então, quando bateram à porta no dia seguinte, com dois toques gentis, respirei fundo, mantive a compostura e mandei entrar, de forma firme, tentando demonstrar segurança.
Era Marcelle, com seus passos firmes e silenciosos. Atrás dela, uma garota sem uniforme, jovem, aparentando não mais que a minha idade, com um rabo de cavalo alto, mochila no ombro, expressão curiosa. Imediatamente simpatizei com ela.
— Senhorita Calderón — disse Marcelle, pousando uma bandeja daquele chá perfumado na mesa próxima à varanda — Esta é minha filha, Emma.
— Oi — Emma acenou. Era o tipo de pessoa que não precisava sorrir com os lábios. Ela sorria com os olhos — Desculpe invadir seu espaço. Mas... mamãe disse que talvez... você pudesse gost