Capítulo 13 – A Dobra

Eliara tentou resistir

Depois da noite em que se entregou a Valkar, ela esperava... algo.

Esperava que ele a olhasse diferente, que demonstrasse ao menos uma migalha de consideração.

Mas, ao invés disso, encontrou o silêncio.

O frio.

A indiferença cruel de quem toma e larga.

Ela evitava cruzar com ele nos corredores do palácio.Ela tinha... Medo.

Quando o via, sua loba chorava por dentro, mas seu corpo mantinha a compostura.

Só que ele não deixava.

Quando queria, mandava buscá-la.

Às vezes a tomava em silêncio.

Outras vezes, com ordens rudes e gemidos abafados pela mão dele em sua boca.

Nunca havia ternura. Apenas posse.

Eliara, em sua alma ferida, tentou recuar.

Tentou negar.

Tentou não ir.

Mas bastava uma ordem dele, e ela ia.

Na terceira semana daquela dor arrastada, o rei a chamou à sua câmara à noite.

Ela hesitou.

— Eu não sou um brinquedo — sussurrou para a serva que veio chamá-la.

— Ele ordenou. Se não for, mandará buscar.

E ela foi.

Dentro dos aposentos, Valkar não a olhou quan
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