Eliara tentou resistir
Depois da noite em que se entregou a Valkar, ela esperava... algo.
Esperava que ele a olhasse diferente, que demonstrasse ao menos uma migalha de consideração.
Mas, ao invés disso, encontrou o silêncio.
O frio.
A indiferença cruel de quem toma e larga.
Ela evitava cruzar com ele nos corredores do palácio.Ela tinha... Medo.
Quando o via, sua loba chorava por dentro, mas seu corpo mantinha a compostura.
Só que ele não deixava.
Quando queria, mandava buscá-la.
Às vezes a tomava em silêncio.
Outras vezes, com ordens rudes e gemidos abafados pela mão dele em sua boca.
Nunca havia ternura. Apenas posse.
Eliara, em sua alma ferida, tentou recuar.
Tentou negar.
Tentou não ir.
Mas bastava uma ordem dele, e ela ia.
Na terceira semana daquela dor arrastada, o rei a chamou à sua câmara à noite.
Ela hesitou.
— Eu não sou um brinquedo — sussurrou para a serva que veio chamá-la.
— Ele ordenou. Se não for, mandará buscar.
E ela foi.
Dentro dos aposentos, Valkar não a olhou quan