O choro de Samara ecoava no vasto salão como uma súplica que não encontrava resposta. Ela permanecia ali, caída sobre o chão frio, as mãos cobrindo o rosto, o corpo curvado pela dor e pelo desespero. Cada lágrima que escorria trazia consigo uma confissão de medo, de impotência, de revolta.
Khaled observava.
O homem que jamais se permitira ser tocado pela fragilidade de uma mulher sentia, naquele instante, um nó apertar sua garganta. Recordou-se brevemente das irmãs, ainda meninas, chorando diante dele quando negava algo que pediam. Nunca cedera, nunca se sensibilizara, nunca deixara que suas lágrimas fossem uma brecha para suas decisões.
E, no entanto, diante daquela estrangeira, uma força estranha o dominava.
Queria pegá-la nos braços. Queria envolvê-la contra o peito largo e lhe oferecer o conforto que ela implorava em silêncio. O desejo latejava em suas veias, não apenas de possuí-la, mas de acolhê-la. De acariciar seu corpo frágil, de sentir seus soluços se dissolvendo contra o ca