60. Inevitável
A manhã parecia arrastar o tempo.
O sol invadia as janelas da mansão, mas dentro de mim tudo ainda era cinza. Eu havia passado parte da noite virando de um lado para o outro, tentando esquecer o que tinha acontecido no evento — e falhando miseravelmente. A imagem de Dante, o olhar frio, o silêncio dele… ainda queimavam por dentro.
— Bom dia, bela adormecida. — A voz de Lara cortou meus pensamentos quando entrou no quarto, com uma xícara de café na mão e um sorrisinho malicioso. — Dormiu?
Revirei os olhos, aceitando a xícara. — Se dormir significa ficar encarando o teto a noite inteira, então sim.
Ela se sentou na beirada da cama, abrindo um tablet. — Acho que tem algo que vai piorar seu humor. — girou a tela em minha direção.
Na capa de uma revista digital, a manchete cintilava:
“As irmãs Emberlain voltam a brilhar — noite na mansão da família reacende rumores.”
Abaixo, uma foto nítida de Isabela e outra mulher — Valentina, a amiga dela do evento — rindo lado a lado, saindo de um carr