A estrada até Oakmere parecia mais curta agora, como se o tempo tivesse encolhido os espaços entre os acontecimentos. A paisagem, antes mergulhada em mistério, agora apenas assistia — cúmplice muda de uma verdade que se aproximava.
Eleanor sentia o coração martelar num ritmo ansioso, como se o reencontro com Halley North fosse mais do que uma visita. Era um passo direto no abismo da memória de alguém que conheceu Amélia Ravenscroft em sua forma mais vulnerável. Alguém que podia, finalmente, dar rosto ao nome perdido de James.
— Você acha que ela vai falar? — perguntou Eleanor, virando-se para Theo no banco do passageiro.
— Acho que ela não pode mais carregar sozinha o que sabe — respondeu ele, os olhos fixos na estrada. — E talvez… ela também precise ser perdoada.
O chalé de Halley parecia o mesmo: paredes cobertas por heras envelhecidas, flores desordenadas em vasos de barro rachado, uma cortina de renda balançando suavemente na janela. A simplicidade ali contrastava com o peso das v