A estrada de volta parecia mais longa sob o peso do que tinham acabado de descobrir. O carro seguia em silêncio por entre árvores altas e sombras que se alongavam com o cair da noite. Eleanor voltou dirigindo, e mantinha os olhos fixos na estrada, mas sua mente estava em outro lugar — na carta de Vivienne, nas fotos antigas, nos documentos manchados pelo tempo e pela omissão. E em tudo que acabaram de presenciar.

Theo estava ao seu lado, com os ombros tensos e o maxilar travado. Desde que deixaram a casa de Rupert, ele não dissera uma palavra. Eleanor respeitava o silêncio, mas uma parte dela ansiava por ouvir o que se passava dentro dele — se é que ele mesmo sabia.

Quando chegaram à casa, a escuridão já envolvia a propriedade. Eleanor desligou o motor e permaneceu ali, por um momento, ouvindo o som do vento arrastando folhas secas pelo caminho de pedras. Theo desceu primeiro, como se a ação física fosse mais suportável do que o turbilhão interno.

Ela o seguiu, e juntos cruzaram a ent