Enrico
O som dos saltos ecoava pelos mármores reluzentes da entrada principal da mansão onde os grandes jantares da máfia aconteciam. Era um palácio dourado de silêncios respeitosos, onde cada olhar carregava intenções e cada gesto tinha um valor.
Na escadaria principal, Giulia descia com a delicadeza de uma deusa antiga, envolta num vestido vermelho sangue, longo e justo, que delineava sua silhueta com perfeição. O tecido fluía como uma segunda pele luxuosa, com um leve brilho sob as luzes de cristal que pendiam do teto. O cabelo, preso num coque clássico, revelava a delicadeza do pescoço e realçava o colar de diamantes que abraçava sua pele pálida como se pertencesse a uma rainha.
O salto alto prateado e o batom vermelho completavam sua aura de poder e beleza.
Mas não havia vulgaridade nela. Nada ali gritava. Tudo era silenciosamente imponente.
Os homens da máfia se levantaram com respeito.
As mulheres a admiraram em silêncio. Algumas sussurravam entre si com sorrisos since