Embora as palavras de Enrico ainda ecoassem de forma incômoda em sua mente, ela sabia que não podia permitir que o julgamento de alguém moldasse a maneira como via a si mesma. Aurora sabia que era muito mais do que o olhar crítico de terceiros.
Decidiu que o primeiro passo seria passar em um salão. Um mimo que nunca havia se permitido. Entrou no ambiente iluminado e cheio de espelhos, onde o cheiro de produtos capilares se misturava ao perfume suave de esmaltes e cremes. Uma manicure, Joana, a recebeu com um sorriso caloroso.
— O que vamos fazer hoje?
Aurora se acomodou em uma poltrona confortável e, enquanto Joana começava a cuidar das unhas, explicou:
— Quero algo especial. Algo que me faça sentir poderosa.
Optou por um esmalte vermelho-vivo, que refletia sua determinação. Enquanto Joana terminava o trabalho impecável, Aurora foi levada para a área de cabelos, onde Marcos, o cabeleireiro, a esperava. Ele analisou os volumosos fios castanhos com olhar profissional e sugeriu:
— Qu