Ser abandonada em um orfanato quando bebê e a perda de um amigo querido na adolescência fez Maria decidir criar um conto, histórias de seres sobrenaturais com companheiro predestinado ideal que nunca morreria ou abandonaria e, principalmente, a amaria. Azar, é isso que Maria acha que carrega, quando sua vida está começando a entrar nos trilhos tudo desmorona: Recebe advertência do trabalho e testemunha a traição de seu noivo em seguida. Em uma corrida desesperada pela chuva, com coração destruído, algo inacreditável acontece. Mari deseja com todo seu coração que a história que criou seja verdade, de repente ela se vê em um mundo de lobisomens e vampiros, onde suas criações ganham vida.
Ler maisSuspirei, irritado por ver que ela havia deixado a porta aberta novamente, me agachei paa pegar as duas notas de despejo do chão, guardei-as junto com as chaves no bolso e empurrei a maçaneta. O apartamento dela cheirava a morango, baunilha, tão suculenta, minha boca saliva apenas de imaginar degustar tal sabor.
Tirei meus sapatos e chamei Batman estalando a língua, o grande gato rajado não apareceu, ele deveria estar profanando a cama dela, satisfeito de ter seu amor e devoção. Liguei a luz da cozinha sem medo, Kess tinha um sono tão profundo que eu poderia fazer uma vitamina de banana agora mesmo deixando o liquidificador na potência máxima e ela não acordaria, as pílulas que Kess tomava dopariam um cavalo.
Guardei algumas coisas que ela havia esquecido em cima da mesa dentro da geladeira, enchi os dois jarros com água também, deixados na prateleira sem uma gota d’água. inspirei mais uma vez o cheiro dela, todo o lugar cheirava a sobremesas, incluindo os jarros de água. Tirei também sua garrafa preta, de dentro da bolsa pendurada na cadeira, a água que coloquei na garrafa de mão, ontem, continuava intocada. Me irritava que Kess não cuidasse da própria saúde, e o fato de eu estar andando livremente em seu apartamento Deixava muito óbvio que sua segurança não era um tópico tão importante quanto andar por aí espalhando seu cheiro doce.
Agarrei o casaco vermelho embolado na alça da bolsa e cheirei profundamente. Meu pau pulsou com o suor alí, picante e doce, tão doce. Meu desejo seria esfolá-lo até gozar apreciando a maneira que ela erguia a perna, descansado seu um pé na cama para passar seus hidratantes com cheiros de sobremesas, se inclinado, mostrando a curvatura perfeita que suas costas faziam, o cabelo roçando na das costas e Kess tremendo levemente arrepiada com o roçar alí, observando todo e qualquer movimento da tela frívola de um notebook gélido. Não, agora, não.
Apertei-o, ajustando na minha cueca box.
Batman finalmente apareceu, abrindo a porta do quarto dela, cutucando com o focinho e a almofada da patinha rajada ajudando-o, ele abriu uma fresta suficiente para passar, se espreguiçou e se acomodou na frente da porta, me observando desconfiado. Batman não gostava da minha presença alí. O pequeno felino era possessivo com Kess, mostrando suas presas irrisórias, Mostrei meus próprios dentes, revidando a investida.
O vento gélido que escapou da porta, inundando ainda mais o ambiente com seu almíscar, testou minha vontade.
Desejava entrar no quarto aconchegante me deitar ao lado de Kess e puxar seu corpo adormecido contra o meu, sentir direto a fonte: atrás de sua pequena orelha rosada. Por que esse inconveniente teve que derrubar suco em seu computador enquanto ela estudava ? O gato bastardo me fez perder todo seu histórico de navegação e cortou a conexão com as câmeras da casa, fritou todo o sistema de monitoramento.
Peguei seu notebook novo envolto de farelos de pão na mesa e comecei a trabalhar. Conequei o novo sistema às câmeras, adiando o momento que daria atenção aos pequenos sinos de aviso de nova mensagem.
“Sua dona tem andado ocupada, Bat” reclamei, me preparando mentalmente para abrir sua mensagens.
Ele soltou um miado baixo, acho eu, em concordância, pulando e ajeitando sua bunda peluda no estofado da cadeira ao lado da minha, levantando sua atenção para o novo notebook de sua dona. Demos uma trégua depois do nosso costumeiro concurso de mijada.
As mensagens que vi me fizeram repensar o bunker abandonado que tinha, só prendendo-a ela eu teria certeza que nenhum outro homem a desejaria, protegendo-a de olhares famintos.
Acompanhei duas das conversas que ela estava tendo, seu chat estava lotado de propostas, todos havidos para sentar aos pés de Kess e deixá-la castigá-los como bem entendesse.
Eu queria, eu iria prender ela no meu bunker, mas não podia, Eu só… precisava mantê-la segura. Sorri satisfeito que ela os rejeitou tantas vezes, eles eram insistentes apesar disso. Me alegrou que muitas das vezes Kess apenas visualizou.
Peguei o ID dos dois únicos bastardos doentes que ela teve uma conversa decente cogitando se eu faria algo a respeito dos demais que mandaram imagens indecentes para seus olhos doces e puros veem. A maioria eram apenas pervertidos curiosos.. Fechei o site, conectei meu notebook com o dela, reforcei meu cavalo de Tróia e averiguei os antivírus.
Afinal, não queremos outros pervertidos invadindo sua rede.
“Não é mesmo Bat? Só nós podemos” perguntei fechando o notebook.
Bat me viu levantar e correu para o quarto de sua dona, não querendo dividir o espaço, o pequeno bastardo não sabe compartilhar. A janela da pia da cozinha parecia agradável de usar para jogar um gato do sétimo andar., ponderei, logo descartando a ideia, ele tinha sorte ter seu amor.
Caminhei afrouxando minha gravata, desabotoei minha minha camisa empurrando a porta com os pés. A escuridão era ofuscada pela luz da cidade, os flesh coloridos dançavam por todos os lugares no quarto, seu pequeno corpo jazia encolhido no meio da cama king. Bat se enrolou ao seu lado, ele olhou para mim e se pudesse falar ele pediria ajuda, apesar que, se pudesse, resolveria a situação ele mesmo. Desafivelei o meu cinto e joguei no chão, junto com a camisa de manga comprida.
“ Eu sei que você só quer vê-la bem, Bat, mas seus presentes não vão ajudar “ murmurei me inclinando na cama fofa para tirar uma pequena barata, morta, perto das mãos de Trêmulas de Kess. Ranjo meus próprios dentes após ouvir seu bruxismo, o rosto tão lindo e angelical dela franzia, sua respiração rápida, os membros trêmulos eram indícios do conteúdo de seus sonhos. Infelizmente esses eu não podia matar e enterrar no vale do rio doce.
Descartei a barata na lixeira inox ao lado da cama, na cabeceira um copo com água tomado pela metade e sua cartela de zolpidem quase finalizada.
Batman rosnou baixo para mim, mostrando suas presas, detestando ver seu presente descartado, seu ataque de raiva se foi com o gemido de dor que deixou os lábios de Kess. Ele se aproximou dela e esfregou sua carinha rajada no rosto retorcido de dor.
“ Estou aqui, shii shii” murmurei descartando rapidamente minhas calças riscadas. Subi em cima da cama me posicionando atrás de seu pequeno corpo, arrumei seus longos cabelos pretos, enrolando-os e depositando os fios exalando baunilha em cima do travesseiro fofo. Puxei-a sem esforço para se encaixar suas costas no meu peito, a fina camisola que ela usava deixava meu calor aquecê-la, mesmo em seu sono Kess pareceu reconhecer minha presença deixando escapar um leve suspiro de alívio, seus gemidos pararam e ela se mexeu um pouco, se ajeitando, acomodando seu rosto nos meu braço.
Seu espírito me reconheceu, se acalmou com minha presença.
Evitei olhar para seu doce pescoço.
Mordi minha bochecha por dentro com o roçar leve de sua bunda contra minha virilha, ela era quente e cheirava tão bom, encaixei meu nariz em sua orelha e inspirei o céu, o paraíso na terra: sua pele. A abracei por trás ignorando meu pau duro, isso era consequência de estar tão próximo a ela. Kess era tão pequena para mim, que precisei me encolher para abraçá-la na conchinha Maior.
“ Vê? bastardo peludo? É assim que se faz “ murmurei para o gato, satisfeito que meu corpo conseguia dar a segurança que Kess precisava em seus pesadelos.
Ele miou aborrecido, mas se deitou ao lado dela em cima da coberta preta, não querendo deixá-lá.
Minhas mãos descansaram em sua barriga lisa e, mais uma vez, levou casa maldito controle meu para não subir e roças seus pequenos seios deliciosos. Quando Kess me levasse, as palavras sairiam de seus lábios, conscientes e aceitárias.
Eu a teria.
Só precisaria que ela me conhecesse primeiro.
Mal prestei atenção nas aulas, precisava muito daquela promoção, Tessa vinha segurando as pontas por muito tempo, mesmo que ela começara a ganhar bem, eu não podia jogar todas as responsabilidades nas costas dela. Sabia que ela gastaria cada centavo para pagar a cirurgia de Antonia, esperar na fila do SUS por dois longos anos sem a menor estimativa de quanto tempo mais ela precisava esperar tornava cada mês um tormento. Tempo era um luxo que tia Antonia não tinha. Ela era como uma mãe para nós, não íamos deixar ela morrer, e para pegar um empréstimo tão alto eu precisava da promoção. A mulher cheia de vida e muito implicante criou seis filhos homens e todos eles esqueceram que tinham mãe. Uma coisa sobre tia Antonia, não era só pelo carteiro que ela esquecia que estava doente e corria, o telefone fixo também, cada chamada do telemarketing e ela se jogava na esperança de que fosse um de seus filhos. — …terra para Mari. — Oh! Sim, eu vou assistir a palestra, você vai também? — perg
Ester Tagarelava sobre seu livro andando pela cozinha com o avental rosa de Antonia com hello kittys por todos os lugares, o cheiro estava uma delícia, minha irmã cozinha tão bem quanto escrevia. Essa história em especial era sua grande paixão, ela a amava tanto que nunca esteve bom o bastante, enfim ela finalmente terminou. Bateram a porta em sua cara diversas vezes, ela não desistiu, correu atrás de seus sonhos e conseguiu um contrato com uma editora famosa. Sabe aquele livro que quase me matou em sonho? Sim, esse mesmo. Agradeci por seu entusiasmo silenciosamente, assim elas não notaria o quão acabada eu estava. Ainda mais que o normal. Tentei esconder minhas olheiras com corretivo e minha meu humor com um sorriso. Até agora estava dando certo.— …Acreditam que queriam mudar todo o enredo? Já não bastasse as mudanças que fizeram, meu editor é um pé no saco. O bom disso é que ele foi chutado hoje de manhã para Santa Catarina, a fofoca está super quente, fui a primeira a saber.
Claus Treavã me aniquila com seus olhos pretos assustadores, sem análises, julgamentos ou preconceito, apenas a certeza de que eu sou a presa, tenho plena consciência de que é, no mínimo, incomum sentir a nossa própria pulsação, garanto que sinto a minha, ansiosa para crescer, exibindo-se. Ele diz algo, ouço as palavras ecoando pelo grande salão, é impossível assimilar, dou um passo à frente, encantada, respondendo ao chamado invisível que me impele a ir até ele.. Após ouvir, a moça loira rapidamente levanta-se, o vestido cobre sua nudez caindo em cascata, ela cambalea nos degraus, choramingando feito uma criança que deve deixar um playground. Sangue fresco escorre de seu pescoço deixando uma trilha no chão. A loira dá meia volta, e Claus diz entredentes:ㅡDeixe-nos, criança. A mulher praticamente corre do quarto com o tom matador, os fios loiros cobrem seu rosto, vislumbro somente o realce de sua mandíbula. Uma gota d’gua caí e se mistura com seus cabelos claros. Meu sexto sen
Eu não queria acordar, tateei o chaveiro que Ester me deu de presente dentro do bolso da minha calça jeans, nervosa com o que encontraria a seguir. O lugar para onde me levaram eu nunca tinha visto na minha vida, dizem que o hipocampo quem "decide" o que é importante ser memorizado, fico me perguntando de onde eu tirei essa fachada sombria, só posso imaginar que foi de um filme de terror. Mantenho minha postura ereta, absorta na paisagem, não passamos por nenhum outro carro, a placa à frente diz “Reserva natural, entrada proibida”, de soslaio olhei para os dois vampiros casualmente, ambos então de olho em mim, Viger me encarava descaradamente, o celular na mão aberto em um aplicativo de mensagens. Meu próprio celular não tinha sinal, eu verifiquei três vezes, não pensei muito sobre isso, os sonhos costumam ser estranhos de qualquer forma. Keloi dirige em alta velocidade pela estrada pavimentada e nossos olhos se encontram no retrovisor. O carro diminuiu a velocidade até parar, fic
Amir ambicionava que eu ordenasse a arrastar sua bunda tostada para as masmorras, talvez tricotar e trançar os cabelos do filho? É claro, o pequeno bastardo cheio de hormônios estava preso, não nas masmorras, e sim nos aposentos de Samantha. E suspeitava que não no sentido literal, noivas recentemente vinculadas faziam muito exercício físico. Falando no diabo. Vindo da porta principal um jovem rapaz entrou no corredor acompanhado da minha única prole feminina, com sorriso no rosto e ar leve ele falava animadamente, olhando para todos os lugares, exceto para a frente. Samantha teve que lhes dar uma cotovelada para que ele reconhecesse minha presença. O susto seguido de olhos arregalados deu-lhe uma espécie de tranco, o jovem estudou-me mais do que seria respeitoso, finalmente inclinou-se numa reverência desajeitada. Ela o transformou, agora tinha que ser babá dele, o coração de Sam era mole em demasia. Samantha somente baixou a fronte, me saudando com um sorriso caloroso, passa
O que mais um ser da noite teme se não o próprio sol? Amir, o braço direito de meu rival, e cria mais próxima dele, estava atrás de mim, o cheiro da sua pele queimada pairava em toda a sala, formando uma neblina quase imperceptível, nossos olhos aguçados as viam, mesmo que sutilmente, ao menor movimento ela se dissipa, saindo pela janela. Amir estava sentado, seus pulsos, coxas e pés estão contidos com um material especial. O titânio, único capaz de conter um ser da noite, junto com feitiço de contenção que deixa o metal ainda mais forte. Meus filhos estavam queimando sua pele vagarosamente com luz ultravioleta, e mesmo assim nenhum som sai da sua boca, tampouco preciso deixar de apreciar a vista do meu jardim para saber que seu rosto não expressava dor. Particurlarmente não gostava de ouvir gritos de dor, até um vampiro como eu tem traumas. O motivo disso? Ele tinha uma noiva, eram vinculados, por isso não podia ceder à dor, ou ela sentiria também. Pois, após a vinculação,
Último capítulo