O carro avançava pelas ruas de Porto Azul, cortando o trânsito matinal. Daniel observava a cidade despertar pela janela, a mente já trabalhando em vários cenários possíveis. A tensão do hospital começava a se dissipar, mas a responsabilidade com a empresa e a necessidade de descobrir a verdade sobre o escândalo ainda pesavam sobre seus ombros.
Ao chegar à sede da empresa, um prédio moderno e imponente, Daniel desceu com passos firmes, a postura impecável mesmo depois de um dia tenso. O lobby estava movimentado, mas seus olhos buscaram imediatamente Henrique Duarte, seu braço direito, que o aguardava próximo à entrada da sala de reuniões.
— Bom dia, Daniel — cumprimentou Henrique, mantendo a expressão séria, porém respeitosa.
— Bom dia — respondeu Daniel, sem perder tempo. — Temos algumas situações que precisam ser resolvidas hoje. Quero relatórios completos sobre os contratos recentes, especialmente aqueles que estão sob revisão jurídica. E, Henrique, quero saber quem teve acesso a