O relógio marcava 4 horas da tarde, quando Daniel vagava pelo prédio da empresa, terno impecável ajustado ao corpo, expressão firme, mas os olhos carregados de tensão. O dia havia sido longo, e a mente dele ainda girava em torno dos acontecimentos.
No corredor principal, Danilo o aguardava, postura rígida e olhar avaliador. Antes de seguir para a reunião, Daniel precisava esclarecer algo que não saía da cabeça: a avó.
— Danilo — disse ele, a voz firme — quem está cuidando da minha avó agora?
Danilo ergueu levemente os ombros, mantendo a postura impassível. — Deixei alguém de confiança com ela. Achei melhor que eu comparecesse à reunião. Não se preocupe, ela está bem.
Daniel estreitou os olhos, sentindo uma pontada de irritação. — É… bom saber. — A ironia estava contida, mas a mensagem era clara: ele desconfiava que o tio não se importava tanto quanto dizia. Por mais que Danilo tivesse agido como se fosse um gesto de cuidado, Daniel conhecia-o o suficiente para saber que aquilo