Antes de finalizar seu plantão, Isadora passou no quarto de Dona Helena para retirar a máscara de oxigênio. A paciente já estava respirando melhor, sinais estáveis, e a médica sentiu um pequeno alívio por isso. Ao abrir a porta, deu de cara com Daniel. O ambiente, silencioso, pareceu de repente carregado de tensão; o ar entre eles ficou pesado, carregado de lembranças e emoções não resolvidas. — Como a senhora está se sentindo? — perguntou Isadora, tentando manter a voz calma, profissional, mas sentindo o coração acelerar. Dona Helena, com sua generosidade habitual, sorriu fraquejamente, e mesmo com a voz fraca, cumprimentou a médica: — Estou melhor, minha querida… obrigada por tudo. O destino é mesmo curioso, nos reuniu novamente. Isadora sentiu o peso das palavras e, por um instante, a mente voltou para o passado. Lembrou-se do período após o acidente com os pais de Daniel. Ele havia se afastado dela, ignorando suas tentativas de contato, como se todos os momentos felizes tivess
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