O interfone ainda ecoava quando Max apertou o botão, resmungando como se o mundo estivesse contra ele.
— Quem é? — perguntou seco.
A resposta do outro lado veio em um tom animado e debochado.
— Abre logo, Max. Esqueci a chave. De novo.
Ele soltou um suspiro alto, olhou pra mim com aquele típico ar de “me salva” e disse, sem o menor entusiasmo:
— É a Maya. Eu juro que avisei que não era pra aparecer sem avisar.
— É sua irmã, Max — falei, rindo enquanto ele caminhava em direção à porta. — Deve ter um passe livre vitalício.