48.0 - Por enquanto

Max

Acordei com o som suave do riso dela vindo da cozinha.

Ainda era cedo, mas o apartamento já parecia cheio de vida. Giovanni balbuciava algo no colo da mãe, e Charlotte ria baixinho, brincando com ele enquanto comia um iogurte de manga. A cena era tão íntima, tão… familiar, que por um segundo, me permiti acreditar que aquilo era real. Que eu fazia parte daquilo. Que ela era minha mulher. Que éramos uma família.

Mas então ela me olhou, e vi nos olhos dela aquela barreira ainda intacta. Não de raiva. Mas de medo. De proteção. E eu entendi. De novo. Como venho entendendo todos os dias.

— Bom dia, dorminhoco — disse ela, ainda sorrindo, mas já voltando os olhos para o bebê.

— Bom dia, minha… — Travei antes de terminar a frase. — Charlotte.

Ela me lançou um olhar de lado. Não de repreensão, mas de costume. Eu escorrego. Sempre escorrego. Porque dentro de mim, ela nunca deixou de ser minha.

Fui até os dois e beijei a testa de Giovanni, que me agarrou com a mãozinha como se dissesse: “Voc
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